sábado, 8 de junho de 2013

da bicicleta do david byrne

A mesma sensação de liberdade que experimentara em Nova Iorque voltou a surgir enquanto pedalava por várias das principais cidades do mundo. Sentia-me mais próximo da vida nas ruas do que teria acontecido se tivesse dentro de um carro ou a utilizar algum tipo de transporte público: podia parar sempre que quisesse; muitas vezes (mesmo muitas), era mais rápido do que um carro ou um táxi para ir do ponto A ao ponto B; e e não tinha de seguir de seguir nenhum percurso predeterminado. O mesmo entusiasmo, à medida que o ar e a vida nas ruas passavam por mim a correr, repetiu-se em cada cidade. Para mim tornou-se um vício.

David Byrne, em Diários da Bicicleta
Um óptimo, e talvez mais importante, ponto de vista que nunca tinha ouvido de ninguém das bicicletas, o da proximidade. Prevê-se que este blogue se venha a tornar mais ciclável, dado à leitura deste livro.

10 comentários:

Anónimo disse...

Eu e a minha Ventania cá esperamos pela concretização da tua previsão. :)

efemota disse...

é o nome da tua bicla? :)

Anónimo disse...

É, sim. Faz três anos este mês. :,)

efemota disse...

boa! usas diariamente?

Anónimo disse...

Não...
Escolhi uma BTT nunca pensando em meter-me na estrada com ela. A única vez que levei a sério andar de bicicleta em Lisboa, foi quando aluguei um quarto junto do miradouro da Graça e, para ir para a Alameda, a melhor opção era a bicicleta. Como saí dessa casa passados dois dias, nunca experimentei; mas o plano era começar por andar de madrugada, habituar-me à rua, depois talvez me sentisse segura o suficiente para experimentar o trânsito. Nestes dias tenho-me lemnbrado desta ideia e gostado. Quando isso acontecer partilho.
A falta de civismo mata seres-vivos e sinto-me demasiado vulnerável em cima da bicicleta, desde que um carro me atirou estrada fora (e eu tinha 13 anos! Quem faz isso a crianças faz o quê a adultos?! Ainda tenho medo de algumas coisas).

E tu? Já te meteste nas bicicletas ou ainda estás na fase inicial de te apaixonares sobre o assunto?

efemota disse...

Eu também conheço mais histórias como essa, e umas que envolvem a linha do eléctrico ehehe mas tão todos vivos!

Eu quando era mais novo não ligava muito às bicicletas, e por isso nunca me ajeitei decentemente com a coisa, até decidir que devia e adorei, é uma ganda liberdade estar ali em cima e levar com o vento na cara, foi nessa altura mesmo que me apaixonei por andar. Mas como sou de eng. do ambiente a bicicleta como meio sustentável é-nos falada imensas vezes e como tenho uns amigos que usam diariamente o bichinho foi-se criando, mas o principal é porque acho que é um meio lógico de transporte, especialmente na cidade. Ainda não me aventurei porque moro em queluz e para ir para lisboa tenho sempre de apanhar o comboio, mas já ando a pensar em comprar uma há algum tempo para ir dar umas voltas, só que não sei é se opto por uma dobrável, para ir bem no comboio, ou uma de estrada daquelas antigas, ainda não me decidi :P

Eu acho que para começar a andar em lisboa com os carros é começar pelas ciclovias, e ir também à massa crítica, que andam mesmo na estrada, depois é ganhar coragem :D



Anónimo disse...

Liberdade foi mesmo o que me cativou na bicicleta. Uma pessoa dizia: "vou andar de bicicleta" e nenhum adulto parava a sua vida para dar conta de que a acção "andar de bicicleta" é só parte do que se vai fazer. No máximo perguntavam "vais andar para onde"? E eu respondia "no passeio", mas na minha cidade (Leiria) os passeios são muitos e vão dar a muitos lados. E o bom que é estar sozinha a pedalar... Mais solitário que isto só mesmo nadar. Aaah, a vida.

Quando morei no Bairro Azul tinha ciclovia desde casa até ao Técnico, mas nunca usei. Este ano vou mudar de casa outra vez e quero voltar para essa zona já a pensar na ciclovia a sério. (Mas e o povo todo que anda a pé nas ciclovias? Rai's'parta!)

Para quem precisa de andar de comboio como tu, sem dúvida que a desdobrável é apelativa. Mas o encanto das antigas...
Um bom amigo blogosférico de quem sou fã, restaurou o quadro de uma e ficou com uma fixed gear linda. Olha aqui .

Boa sorte na procura da menina!

efemota disse...

exacto! não é a mesma coisa que andar sozinho, embora também o goste de fazer.

Agora há montes de ciclovias, e cafés fizes para a malta das biclas, como vélocité, mas realmente as pessoas andam sempre lá em cima, arranja uma buzina forte :P

Pois, eu acho que dobráveis bem práticas e mesmo em casa arrumo-a num canto, e até são giras, mas as de estrada antigas são mesmo giras e são um projecto giro para restaurar e para ir alterando, e até que não são nada caras. Vou ver se estudo o assunto de vez, agora que estou sem faculdade e aproveito o verão com ela! A do teu amigo está bem gira realmente.

O giro disto é que há também uma ganda cultura da bicicleta e assim que comecei a acompanhar, dei-me conta e já estava a ler o jornal pedal, a ir aos cafés, a acompanhar uma data de páginas de oficinas :P

Anónimo disse...

Decide lá isso que é para eu ter onde ler posts com bicicletas à mistura! :)

No YouTube encontra-se imensa gente a falar no tema. Tem-me sido útil.

A ver se me modero a comentar isto. Estás a levar uma overdose de mim e isso é perigoso. Eu costumo ser menos comentadora, por isso é confiar que isto passe. :)

efemota disse...

ahaha ok! e há um festival de cinema também! ora essa, comenta à vontade, quando a conversa é boa ;)